Kigurumi

Kigurumi não é exatamente um estilo, e sim uma peça de roupa bem comum entre as meninas de Harajuku. Trata-se de um macacão enorme e fofinho, de forma que as cores mudam conforme o personagem. Kigurumis são inspirados em personagens e bichinhos de desenho ou filmes e até animais mesmo, como por exemplo Pikachu, Stitch, Tare Panda, kigurumis de Vaquinha, Gatinho e por aí vai. Os Kigurumis são usados por Ganguros, por Decorers e quaisquer pessoas que gostem de algum personagem. Algumas fotos:

Mamba, Kogals ou Ganguro Girls

Os três nomes são usados para definir o mesmo estilo. As Ganguro são conhecidas como as Japonesas bronzeadas, o estilo é bem simples, onde as meninas se vestem de um jeito similar aos surfistas do Havaí, com chinelos, shorts ou saias floridos, camiseta, flores na cabeça e maquiagem branca imitando protetor solar. São todas bem coloridas também. Vejamos algumas fotos:

Visual Kei

Esse é com certeza, um dos mais adorados no Japão. Mas atenção ! Visual Kei NÃO É um estilo, Visual Kei é um movimento musical que surgiu na década de 80 no Japão. Pessoas que gostam de J-Rock, gostam de se vestir como tal, o Visual Kei é um modo de se vestir que anda ao lado da música (do Rock) e vice e versa. O VK mistura músicas góticas, metal, e até instrumentos clássicos como violinos. O mais legal do Visual Kei é a forma de se vestir, extravagante e principalmente a Androginia, a forma de se aparentar sem as pessoas identificarem se você é homem ou mulher. Impossível ? Veremos... Dentro do Visual Kei, há mais de cinco sub-gêneros diferentes, e um deles se parece bem com o Decora, chamado de Oshare Kei.
Algumas bandas famosas de Visual Kei seriam o Malice Mizer, The GazettE, Moi Dix Mois, X Japan, Nightmare, An Cafe, Kagrra, Dir en Grey, SuG e várias outras. O Visual Kei possui vários sub-gêneros também, citaremos os mais populares (lembrando que esses não são os únicos) :

• Kotevi Kei ou Kote Kei - Esse sub-gênero tem tendência a dar mais ênfase à performance no palco, e é caracterizado por roupas bem vistosas, um exemplo de banda Kote Kei é Versailles:

• Oshare Kei - Este usa roupas mais 'fashion', tendo o uso de cores mais vistosas sem perder o estilo original do Visual Kei. Bandas que adotam esse estilo são: SuG, An Cafe, entre outras...

SuG

• Soft Visual Kei - É o sub-gênero que usa maquiagem mais leve, e roupas menos chamativas. Uma das bandas Soft VK é o The GazettE:

Decorers ou Decoras

As Decorers são meninas que se vestem com vários penduricalhos e pregadeiras, com bichinhos e coisas que emitem muito barulho enquanto andam. Suas roupas são alegres e possuem várias cores diferentes, como o rosa, o azul, o branco, o verde e o amarelo. Misturam essas cores à estampas diferentes, como as de bolinha, listrado, quadriculado, etc. Uma das marcas das Decoras são as inumeras pregadeiras e Tic Tacs no cabelo todo. Vejamos algumas:

Lolitas

O visual das Lolitas é basicamente uma cópia das bonequinhas de porcelana da era Vitoriana, ou seja, vestidinhos fofos, meias 3/4, luvas, sapatinhos de boneca, cabelos cheios (de baby liss ou até lisos mesmo) e alguma coisa no cabelo, tipo uma cartola, ou laços. E anáguas, não vamos esquecer. Esse é o básico, mas pode-se optar por usar botas, meias rastão e outras coisas, contando que continue mantendo a fofura e o visual em geral das Lolitas.

Elas estão sub-divididas em vários outros 'estilos', normalmente só oque muda são as cores do visual, estas são as mais populares:

• Gothic Lolita - Usam cores negras, como o preto, o azul escuro, o roxo, etc. O branco também é comum acompanhado do preto.

• Sweet Lolita - Usam coisas fofas, coisas kawaii, as cores são azul bebê, rosa bebê, e cores claras.

• Shiroi e Kuroi Lolita - Shiroi significa Branco em Japonês, e Kuroi, preto. As shiroi lolitas são totalmente brancas, todos os acessorios e o vestido, como se fosse uma noiva. E as kuroi lolitas são totalmente negras. Nesses dois estilos não entram acessorios de outra cor.

• Wa Lolita - As Wa Lolitas são uma mistura do estilo Lolita com as gueixas do Japão e seus Kimonos. A blusa tem a manga larga, é usado o Obi (laço grande usado na cintura dos Kimonos) e a diferença é que a saia nao é longa como a do Kimono, e sim curta, como a das Lolitas.

A História de Harajuku

Desde o surgimento do rock nos anos 50, o mundo ocidental presenciou a popularização das tribos que buscavam contestar os padrões do cotidiano, por meio de roupas e atitudes escandalosas. Contudo, na tradicional e fechada sociedade japonesa, o desenvolvimento destes movimentos juvenis demorou a acontecer.

Nos anos 80, o Mundo já havia conhecido os punks, começava a conviver com o new wave e ainda temia os cabeludos metaleiros (Iháa). Na cidade de Tóquio, poucas pessoas com menos de 20 anos de idade se sentiam familiarizadas com estas vertentes longínquas.

Foi na década de 90 que a moda de rua começou a expressar as reais vontades e gostos dos adolescentes asiáticos, que elegeram como ponto de encontro uma região repleta de lojas sofisticadas, chamada Harajuku - nome que ganhou graças à movimentada estação de trem homônima, abrigada em seu território.

Em suas imediações estão reunidas as novidades mais criativas dos estilistas, tatuadores, pintores e cabeleireiros locais. Nas calçadas acontecem performances de artistas urbanos independentes, que atraem os olhares de curiosos e transeuntes. Estas atrações começaram a aparecer como resultado do hobby de alguns estudantes que se encontravam no local aos domingos, buscando algum tipo de diversão.

Tudo começou como contestação das idéias, propagadas internacionalmente, principalmente pelos ocidentais, como a máxima de que "todos os japoneses são iguais". Além disso, o rigor dos costumes e as normas eram cruéis demais na opinião destes colegiais. Nas escolas, por exemplo, e até hoje, uma garota pode ser expulsa só por usar maquiagem, sendo apenas permitido uniformes com ternos, gravatas e saias longas. (vê se pode um troço desse)

O protesto imaginado por estes estudantes se limitou à produção fashion, e o domingo, único dia livre de suas obrigações, foi ficando cada vez mais populoso nos arredores do distrito, que proibiu o tráfego de carros em suas ruas para abrigar ainda mais visitantes em busca da espontaneidade e liberdade de expressão.

Foi assim que, no final da década passada, este encontro cultural ganhou o status de "o recanto dos rebeldes de boutique", aglomerando as mais diferentes tendências e estilos. Cada freqüentador do Harajuku segue um gosto pessoal e existem lojas (que são quase uma versão chique da Rua 25 de março) para os mais loucos desejos de consumo.

Não só como Harajuku, existem outros bairros com estilos diferentes em Tokyo, um deles é Shibuya, porém, Harajuku seria o mais conheçido deles.

texto retirado da Wikipedia.